Fico tão nostálgica às vezes. Mas quando paro e penso do que estou sentindo falta. Não sei. De nada. Lembro de certas coisas, mas acredito que não as queira de volta. Só que isso cria uma interrogação diante de meus olhos. Ando mentindo para mim mesma? Ou o vazio é apenas um vazio comum? Se tivesse que optar, agora, não queria nada de volta. Sou melhor assim. Ainda que talvez me faltem alguns pedaços. Acho que toda essa nostalgia, esses suspiros atropelados, o vazio curioso, isso tudo, é parte de mim. Sempre foi. Sempre fui. É engraçado toda essa suavidade quando dentro de mim as coisas tremulam. Sempre bagunçadas, agitadas, pedindo espaço. Chega ser piegas a sutileza quando no fundo se grita, ri e pede sangue. As pessoas não conhecem as outras. Fato. Ainda que aja cumplicidade, anos de convívio, confidencias. Elas não se conhecem. Nunca vão conhecer. Nem podem saber todas essas coisas boas, loucas, e às vezes tão infinitamente ruins que guardamos dentro da gente. As coisas insanas, perigosas, os reais desejos, são meus. Ninguém sabe deles. Às vezes, nem eu. Guardo-os com carinho. São tão íntimos. Tão meus. Chego a ser ciumenta. Quem iria dizer? Meus eus secretos. Meus demônios. Ronronam e enroscam-se feito felinos satisfeitos. Gostam. Eu gosto.
Texto do dia doze de agosto de 2009. Quando eu nem sabia de todas as mudanças que ia ter que enfrentar. Mesmo assim, segue atual. Segue, eu.
Texto do dia doze de agosto de 2009. Quando eu nem sabia de todas as mudanças que ia ter que enfrentar. Mesmo assim, segue atual. Segue, eu.
3 comentários:
awww ami que depre
esse findi te animamos hehehe
love u
Nem nós nos conhecemos completamente, imagina os outros!
texto ótimo, você escreve de forma tão incrível e ampla, no sentido de promover a identificação de forma tão simples... Fazia tempo que não lia nada teu, vou voltar com frequencia :]
beijos ex viziii, hehe
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